O que as salas de ginástica e as edículas têm em comum? – Radical Fitness Brasil

O que as salas de ginástica e as edículas têm em comum?

Livre-se do estresse na ginástica
23/08/2017
Veganismo
Veganismo: cada vez mais um estilo de vida
14/02/2018
Exibir tudo

O que as salas de ginástica e as edículas têm em comum?

Como são as salas de ginástica

Como são as salas de ginástica

Você já se irritou com algum aluno que gasta R$200,00 em um sábado na balada e não quer pagar R$80,00 pela mensalidade de sua academia? Você já parou para pensar o que fez alguns de seus ex alunos optarem por sair de sua academia para treinar em uma Low Cost?

 

Bem, as respostas não são tão simples assim, mas um ponto que pode ser comum para as duas questões está em algo que as academias precisarão oferecer daqui para a frente. Não bastará ter um produto bom! Será necessário oferecer para o cliente uma experiência diferente e memorável. Os jovens gastam muito nas festas atrativas porque têm luzes especiais, som alucinante e “gente bonita”. Muitas Low Cost têm instalações elegantes, limpas, com ambientes agradáveis que a maioria das pessoas nunca imaginou poder frequentar. Mas, e a sua academia? O que ela oferece? O que seus clientes pensam de seu negócio?

O conceito de proporcionar espaços especialmente concebidos para prática de exercícios físicos talvez seja uma resposta moderna que esteja alinhada com a chamada “era da experiência” e essas instalações não devem ser descartadas como extensões da indústria do lazer.

 

Olhando para o foco do texto propriamente e falando sobre as salas de ginástica em particular, eu pediria desculpas aos leitores, mas muitas delas se parecem às edículas da casa da vovó que têm síndrome de Diógenes, SIM! Sabe aquele quartinho bagunçado que mal podemos fechar a porta em decorrência do volume de tranqueiras armazenadas? É assim que são as salas de aula de muitas academias, que se esquecem que um ambiente inclusivo começa a partir do momento em que um futuro participante contempla o espaço pela primeira vez.  Além da desordem e acúmulo de coisa amontoadas, a escolha dos acessórios muitas vezes é pautada unicamente no custo e nesta guerra ganha sempre o mais barato, mais feio, menos seguro, menos atrativo, bla, bla! Se partirmos para o uso do ROI, uma métrica popular para avaliar retorno sobre investimento, fica muito fácil entendermos que, por maior que seja o valor demandado pela compra de equipamentos ou serviços na ginástica, ainda estaremos falando de cifras pequenas diante do que se investiria em outros setores da academia. Que experiência seus alunos obtêm quando se exercitam em um ambiente feio, descuidado, com acessórios pouco atrativos, com um som de parquinho de diversão antigo e muitas vezes sujo? Que “experiência” pode ter um aluno se:

  • o aparelho de som for um 3 em 1 para uso domiciliar?
  • os colchonetes forem rasgados e malcheirosos?
  • os steps (que tanto amo) forem de EVA que costumo chamar de chinelões de borracha? Acho que deveriam ser usados na praia ou para qualquer outra finalidade, menos para aulas de condicionamento (me desculpem os fornecedores hein!)
  • os equipamentos estiverem amontoados?
  • o calor da sala for típico da antessala do capeta?
  • o chão for cabeludo e desgastado?

Agora, pense neste mesmo aluno em um ambiente: ·

  • com um som potente, cuja qualidade até dispense o alto volume
  • em uma sala com imagens inspiradoras nas paredes
  • luzes que possam ser adequadas ao momento da aula
  • acessórios seguros que possam até mesmo combinar com a cor principal da academia
  • piso limpo, moderno e sem peruca

Pode até ser que você amigo já esteja enfurecido com meus comentários, mas a ideia não é polemizar, tampouco ofender. É importante entender que o mercado de fitness brasileiro passa por uma transformação sem precedentes e as academias com ofertas tradicionais estão sendo esmagadas. De um lado as sedutoras Low Cost que incluíram a ginástica em seu mix de produtos, e de outro, as Academias Boutique que oferecem um serviço personalíssimo e intimista aos seus frequentadores.

Engana-se quem alimenta a ginástica com migalhas e pensa que as aulas em grupo por si representam um grande diferencial competitivo. Chega de experiências rasas, o consumidor quer interação com aquilo que ele se identifica, se sentindo parte da marca que ele investe.

Como dizia Vinicius, “que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental. “

Dicas valiosas sobre ambientação e arquitetura com a equipe Patricia Totaro:
http://www.patriciatotaro.com.br

Inovação em ginástica:
http://www.radicalfitnessbrasil.com.br/programas

Cida Conti
Cida Conti
Educadora Física – CREF: 078160-G/SP
International Presenter
Diretora Executiva Radical Fitness Brasil

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

X